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quinta-feira, 26 de março de 2009

O que são bactérias Gram-positivas e Gram-negativas?




A forma das bactérias pode ser observada através de coloração de Gram que divide as bactérias em dois grupos: Gram-positivas e Gram-negativas, aproximadamente iguais em número e importância. A reação das bactérias à técnica de Gram expressa diferentes características, de modo especial no que diz respeito à composição química, estrutura, permeabilidade da parede celular, fisiologia, metabolismo e patogenicidade.

A parede da célula Gram-negativa é constituída por estruturas de múltiplas camadas bastante complexas, que não retêm o corante quando submetidas a solventes nos quais o corante é solúvel, sendo descoloradas e, quando acrescentados outros corantes, adquirem a nova coloração. Já a parede da célula Gram-positiva consiste de única camada que retém o corante aplicado, não adquirindo a coloração do segundo corante.

Nas bactérias Gram-negativas, a parede celular está composta por uma camada de peptidioglicano e três outros componentes que a envolvem externamente; lipoproteína, membrana externa e lipopolissacarídeo.

Entretanto, as paredes celulares das bactérias Gram-positiva e Gram-negativa são diferentes. A parede celular da bactéria Gram-positiva é espessa, 10 a 50?m, chegando até a 80?m e a da Gram-negativa é menos espessa, 7,5 a 10?M. A membrana citoplasmática adere fortemente ao componente interno da célula bacteriana. A parede celular da bactéria Gram-positiva é única e consiste de uma camada espessa, composta quase que completamente por peptídioglicano, responsável pela manutenção da célula e sua rigidez. As múltiplas camadas de peptidioglicano (15 a 50? m) das bactérias Gram-positivas constituem uma estrutura extremamente forte em tensão, enquanto que nas Gram-negativas o peptidioglicano é apenas uma camada espessa e, conseqüentemente, frágil.

Como fatores de ataque ou agressão, as células Gram-positivas e Gram-negativas caracterizam-se por graus diferentes de virulência. As bactérias Gram-negativas são constituídas por uma endotoxina, o LPS, que lhes confere a propriedade de patogenicidade, enquanto nas bactérias Gram-positivas a exotoxina, composta pelo ácido lipoteicoico, tem como característica principal a aderência.


Como característica específica da célula bacteriana, ao se comparar com a célula humana, observa-se a parede celular que, em conjunto com a membrana citoplasmática, forma o envelope celular das bactérias.

O envelope celular das bactérias Gram-negativas quimicamente consiste de 20 a 25% de fosfolipídios e 45 a 50% de proteínas, sendo os 30% restantes de uma lipoproteína, o lipopolissacarídeo.


Doenças bacterianas.

Tuberculose:

Definição: A tuberculose é uma infecção causada pela bactéria mycobacterium tuberculosis mais conhecida como bacilo de koch em homenagem ao cientista que descobriu, Robert Koch (1843-1810.). Em cerca de 90% dos casos ataca apenas os pulmões, mais pode afetar também quase todos os órgãos do corpo.

Sintomas: No início pode provocar febre alto cansaço e emagrecimento, depois de algum tempo, vem à tosse, dores no peito e escarro com sangue, a tuberculose é uma doença que afeta principalmente os pulmões, pois pode atacar também os rins, os ossos, intestinos e testículos.

Prevenção: A tuberculose pode ser prevenida com a aplicação da vacina BCG.

Tétano:

DEFINIÇÃO: é uma doença perigosa que ataca o sistema nervoso.

SINTOMAS: febre elevada, contraturas, convulsões dolorosas (doença não contagiosa.).

PREVENÇÃO: tomar vacina antitetânica e evitar andar descalço.

Cólera:

DEFINIÇÃO: Causada por uma bactéria chamada VIBRIO CHOLERAE.

SINTOMAS: Diarréia, vômito, cólicas abdominais, etc...

PREVENÇÃO: Beber, água filtrada clorada ou fervida, proteger bem os alimentos contra moscas e outros bichos.

Coqueluche:

Definição: é causada por micróbios que atingem a traquéia e o brônquios, ataca principalmente as crianças.

Sintomas: seus sintomas caracterizam-se pela tosse prolongada e violenta, acompanhada de guincho.Provocando sufocação e vômito.

Contágio: é feito por meio das gotículas de salivas expelidas pelo doente.

Prevenção: a prevenção é evitar a criança que estar com coqueluche, fique sem contato com outras crianças.

Difiteria:

DEFINIÇÃO:

Doença infecto contagiosa transmissível e de característica epidêmica causada por bacilo que se instala nas vias aéreas superiores e produz uma toxina que se espalha pelo organismo.

SINTOMAS:

Palidez, febre moderada e falta de apetite.

PREVENÇÃO:

Vacina tríplice cuja a primeira dose deve ser administrada já no segundo mês de vida.

Meningite:

Definição: é uma inflamação das membranas que recobrem e protegem o sistema nervoso central - as meninges.Daí o nome de meningite.A meningite pode ser de origem viral aquela provocada depois de uma gripe ou de uma outra doença causada por vírus ou de origem bacteriana, normalmente mais branda. Também pode-se haver MENINGITE quando os germes causadores da doença de algum tecido que estejam em contato com as membranas que recobrem o ENCÉFALO.

Sintomas:

Em bebês de até 1 mês:

irritabilidade, choro excessivo, febre, sonolência e moleira estufada.

Acima desta idade:

A criança ainda se encontra em dificuldade de movimentar a cabeça.

Acima de 5 anos:

Febre, rigidez na nuca, dores de cabeça e vômitos em jato.

A meningite começa a aparecer freqüentemente durante o desenvolvimento de alguma doença. A MENINGITE costuma mais precisamente começar com intensas dores de cabeça, náuseas, vômito e febre intensa. Um espasmo do pescoço e dos músculos das costas puxa a cabeça para trás. Como esse espasmo costuma ser forte fica quase impossível de o paciente tentar girar a cabeça para frente. Com esse espasmo o paciente pode começar a delirar e entrar em coma.

Contágio:

A transmissão é feita pelas vias respiratórias. Ou então através de uma bactéria solta no ar, chamada: meginicoco. Ou então pela saliva de uma pessoa com a doença.

Tratamento:

É feito através de antibióticos receitados pelo médico especialista em doenças causadas por vírus.

Prevenção:

Deve-se evitar locais fechados com aglomerações em cima do doente, especialmente no inverno. Quando ocorrer algum contato de uma pessoa sadia em contato com a saliva do doente deve se procurar imediatamente um médico se a pessoa estiver com os sintomas da doença. O tratamento também é feito através de vacinas, contra a meningite não é aplicada de forma rotineira, porque oferece inização por um período de apenas três ou quatro anos.

Classificação Biológica

A natureza é um conjunto de forças e de ciclos, perfeitamente organizados, que se relacionam em perfeita harmonia (que o homem, pensa que já aprendeu a dominá-las). Aqui neste espaço reunimos algumas informações, que nos mostram a natureza como um todo, os quais nos despertam para o caminho da participação, o caminho para descobrirmos e compreendermos o nosso lugar e a nossa tarefa, neste momento, dentro desta grande Obra.
Algumas destas experiências reais estão aqui reunidas apenas para fins de exposição e difusão; estão divididas, didaticamente, em reinos da natureza (constam aqui os reinos que são os mais perceptíveis atualmente).
As abelhas Apis não são nativas da América. As abelhas sociais nativas, comumente chamadas indígenas, são as mamangavas, do gênero Bombus, e as ditas sem ferrão, pertencentes à tribo Meliponini.
As abelhas brasileiras sem ferrão são responsáveis, conforme o ecossistema, por 40 a 90% da polinização das árvores nativas. As 60 a 10% restantes são polinizadas pelas abelhas solitárias, borboletas, besouros, morcegos, aves, alguns mamíferos, água, vento, e, recentemente, pelas abelhas africanizadas. Kerr ect. al. 1996.

As mamangavas podem ser encontradas até nas regiões mais frias do mundo. Dentre as 200 espécies conhecidas, 6 foram descritas no Brasil. São abelhas grandes e importantes agentes polinizadores. Por exemplo, são as únicas capazes de polinizar o maracujá. No hemisfério norte poliniza principalmente o trevo e a alfafa. Convém lembrar que as abelhas em geral não suportam o frio. As abelhas Apis são as que mais conseguiram se expandir pelo globo terrestre, mas mesmo nas regiões mais frias onde sobrevivem podem ficar inativas até por seis meses durante o ano, devido ao frio. Daí a importância das mamangavas, que hibernam por menor período.
As rainhas, representantes da casta reprodutiva, fundam seus ninhos sozinhos. Geralmente aproveita-se de ninhos abandonados de roedores, fendas de muros ou pedras, ou amontoados de palha junto ao chão. O principal material usado para o ninho é a cera, fabricada pela rainha nas glândulas localizadas no abdômen. As rainhas de outras espécies sociais geralmente não são capazes de produzir cera. Um pote para armazenar mel e uma célula de cria inicia o novo ninho. A rainha põe ovos nas células de cria, alimenta as larvas que nascem, coleta o pólen, o néctar e mantém o ninho. Logo ao nascer, as primeiras operárias passam a auxiliar a mãe nos trabalhos, seguindo uma tabela de tarefas de acordo com a idade, como nas outras espécies de abelhas sociais. As operárias e a rainha possuem um ferrão muito potente usado na defesa, que pode ser usado vário vezes seguidas sem prejuízo para as abelhas.
A partir de um certo momento a rainha começa a por ovos não fecundados, que darão origem a machos, enquanto que algumas larvas de fêmeas terão sua alimentação reforçada e se tornarão adultas férteis. Então estas novas rainhas serão fecundadas por machos - somente uma vez na vida - e fundarão novos ninhos. Às vezes pode acontecer de rainhas fecundadas retornarem para o ninho de origem e ali conviverem com a mãe. Neste caso estas famílias tornam-se políginas, isto é, possui mais de uma rainha.

Características Gerais
As abelhas da subfamília Meliponinae (Hymenoptera, Apidae), são conhecidas por "abelhas indígenas sem ferrão" por possuírem o ferrão atrofiado sendo, portanto, incapazes de ferroar. Ocorrem na América do Sul, América Central, Ásia, Ilhas do Pacífico, Austrália, Nova Guiné e África. Taxonomicamente está subdividida em duas tribos.
Meliponini formada apenas pelo gênero Melipona, encontrado, exclusivamente, na região Neotropical (América do Sul, Central e Ilhas do Caribe), e Trigonini que agrupa um grande número de gêneros e está distribuída em toda a área de distribuição da subfamília.
Todas as espécies de Meliponinae são eusociais, isto é, vive em colônias constituídas por muitas operárias (algumas centenas, até mais de uma centena de milhar, conforme a espécie) que realizam as tarefas de construção e manutenção da estrutura física da colônia, coleta e processamento do alimento, cuidado com a cria e defesa. E por uma rainha.
(em algumas poucas espécies são encontradas até cinco) responsável pela postura de ovos que vão dar origem às fêmeas (rainhas e operárias) e a, pelo menos, parte dos machos (em diversas espécies, parte dos machos são filhos das operárias).
Os machos são produzidos em grande número em certas épocas do ano e podem realizar, esporadicamente, algumas tarefas dentro da colônia, além de fecundarem as rainhas, durante o vôo nupcial.
Normalmente, alguns dias após emergirem (quando a abelha, depois de terminado seu desenvolvimento, sai da célula de cria), os machos são expulsos da colônia (Michener, 1946, apud Kerr et al.(1996)).
As abelhas são insetos holometabolos, isto é, a fêmea realiza postura de ovos que dão origem as larvas, que são morfológica e fisiologicamente diferentes dos adultos. Elas se alimentam, crescem, sofrem um certo número de mudas e se transformam em pupa, forma esta que não se alimenta e fica imóvel na célula de cria. Após algum tempo, a pupa sofre muda, se transformando em uma abelha adulta.
No caso de Meliponinae o ovo é posto em uma célula construída com cerume (mistura de cera, produzida pelas operárias, e resina vegetal, coletada no campo) ou, no caso de algumas poucas espécies como Leurotrigona muelleri, com cera pura. O alimento larval (mistura de secreção glandular, mel e pólen) é depositado nas células pelas operárias, imediatamente antes da postura do ovo, este tipo de aprovisionamento é denominado de aprovisionamento massal. O alimento se estratifica dentro da célula, dessa forma a larva ingere, inicialmente, a fase líquida, composta por secreções glandulares e mel e depois o pólen (fase sólida).
Durante a operculação, eventualmente, a operária pode realizar postura de ovo que, por não ser fecundado, irá originar macho (a rainha também pode por ovos não fecundados, que originarão machos).
Filo – Arthropoda (membros articulados);
Subfilo – Insecta (insetos);
Classe – Hexapoda (3 pares de patas);
Ordem – Hymenoptera (partenogênese);
Subordem – Apocrita (1osegmento abdominal no tórax);
Superfamília – Apoidea.
A Superfamília Apoidea já separa as abelhas de outros insetos, muitos também sociais, como as vespas (Vespoidea) e formigas (Formicoidea). A grande característica dos Apoidea é basear sua alimentação na coleta de néctar e pólen, embora ocorram exceções. Possui exatamente onze famílias: Melittidae, Colletidae, Halictidae, Oxaeidae, Andrenidae, Megachilidae, Stenotritidae, Ctenoplectridae, Fidellidae, Anthophoridae e Apidae (pronuncia-se "Ápide"). Dentro desta última família as abelhas caracterizam-se pela presença de uma estrutura especializada para o transporte de pólen, a corbícula. Também reúne algumas espécies de hábitos sociais mais avançados. Existem quatro subfamílias:
Euglossinae (abelhas das orquídeas), Bombinae (mamangavas), Apinae (ex.: Apis mellifera) e Meliponinae (abelhas sem ferrão).
Podemos traçar uma tabela bastante simplificada para realçar algumas características básicas que permitem
distinguir as duas Tribos (veja no capítulo 4). Entretanto, identificar uma espécie de abelha não é tarefa das mais fáceis, que exige muito conhecimento na área. Portanto para descobrir qual espécie estamos lidando, normalmente se faz necessário consultar um especialista.
Os meliponídeos, como são chamadas às espécies da tribo Meliponini, são abelhas sociais encontradas tipicamente nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, e são caracterizadas por apresentarem um ferrão atrofiado que não serve para defesa; daí a designação sem ferrão. Os estudos científicos sobre essas abelhas são recentes e pouco desenvolvidos, ao contrário das Apis. Inclusive há controvérsias sobre como classificá-las zoologicamente.
No esquema da página 2 vê-se uma das classificações adotadas. A SUPERFAMÍLIA Meliponinae é dividida em três TRIBOS: Trigonini, Meliponini, Lestrimellitini. Das Lestrimellitini, grupo de abelhas sociais parasitas, foi estudado o suficiente. Mais adiante serão vistas as diferenças básicas entre as outras tribos.
Estas abelhinhas são bastante conhecidas pelos seus nomes populares. Jataí, mirim-preguiça, lambe-olhos, moça branca, irapuá, etc., são exemplos de trigonas; mandaçaia, uruçu, jandaíra, etc., são exemplos de melíponas.
Estes nomes mudam de região para região e, às vezes, uma mesma espécie é conhecida por nomes diferentes em vários locais do país. No Brasil são conhecidos cerca de 200 espécies de meliponídeos, com tamanho que varia de dois milímetros (lambe-olhos) a dois centímetros (tiúba; uruçu do litoral baiano).
Na região sudeste uma das mais comuns é a jataí, facilmente reconhecível pela entrada que constrói: um tubinho claro de cera que parece um dedinho. Aliás, uma das maneiras mais simples e segura de reconhecer as espécies de meliponídeos é pela forma da entrada do ninho.
Entre os meliponídeos há uma grande variedade de comportamentos e hábitos próprios de cada espécie, porém em linhas gerais o padrão seguido pela Apis repete-se aqui. As maiores diferenças estão nos hábitos de nidificação.
Os meliponídeos possuem hábitos de nidificação variados. Geralmente cada espécie tem preferências bem marcadas.
A grande maioria estabelece suas colônias em ocos de árvores, apresentando preferências em relação à altura e, às vezes, em relação à espécie de árvore. Por exemplo, a guaraipo faz seus ninhos junto às raízes das árvores, ou na parte do tronco rente ao chão, e por isto é às vezes chamada de pé-de-pau. Na Bahia, encontram-se freqüentemente jataís, moça branca e mirim em coqueiros. Vá-rias espécies também se adaptam aos ocos encontrados nas casas dos homens ou em paredes, entre tijolos, etc. Há aquelas que fazem seus ninhos subterrâneos, como a jataí da terra, a mombuca e outras. A profundidade do ninho varia de acordo com a espécie, tipo de terreno e sistema ecológico da região, podendo ir de 30 centímetros a 2 metros.
Outras abelhas sem ferrão não ficam na dependência de ocos, construindo ninhos aéreos. Os ninhos são apoiados numa superfície resistente, ao ar livre, geralmente com uma parede de proteção. O exemplo mais comum é a irapuá, um tipo de abelha daninha da qual falaremos mais adiante.
Existem outras que constroem seus ninhos dentro de outros ninhos de insetos sociais, aproveitando seu calor e umidade. É o caso de espécies que nidificam dentro de cupinzeiros ou de ninhos de formigas.
O material básico usado na construção dos ninhos é o cerume, uma mistura de cera e própolis. A cera produzida pelas operárias é armazenada em pequenos depósitos em locais variados das colônias, geralmente os mais aquecidos.
Esta cera é continuamente trabalhada pelas abelhas que a misturam à própolis, formando o cerume. A própolis, fabricada pelas abelhas a partir de resinas vegetais, também é armazenada em potes e tem funções e propriedades análogas à própolis das Apis, embora seja mais viscoso. Algumas espécies usam cera pura para as construções. Há ainda espécies que usam barro e excremento de mamíferos para revestimentos externos ou divisões internas. Certas trigonas, como a irapuá, utilizam pedaços de flores e de folhas cortados de plantas vivas como material de construção. Estas abelhas têm predileção particular por brotos de cítricos.
As entradas dos ninhos têm formas diferentes, de acordo com a espécie. As melíponas fazem suas entradas de barro ou de geoprópolis (barro misturado com própolis), geralmente sob a forma de cratera da qual se irradiam sulcos e cristas alternadas. No centro fica o orifício usado pelas abelhas para entrar e sair do ninho, uma de cada vez.
Entre as trigonas os tipos de entrada variam muito. Diversas espécies constroem tubos de cerume, ou mesmo de cera pura, com formas variadas. Uma abelha curiosa é boca de sapo, que tem este nome justamente porque sua entrada feita de barro possui uma forma que lembra uma boca de sapo.
Algumas espécies podem fechar as entradas à noite, mas a maioria dos meliponídeos mantêm-na sempre ou quase sempre abertas. No interior do ninho a entrada dá lugar a um túnel de ingresso, mais ou menos longo, que geralmente desemboca na região dos favos de cria.
As células de cria podem estar dispostas de várias maneiras. Às vezes são simples cachos de células mal ligadas uma às outras, como na moça branca e na lambe olhos. Na maior parte das vezes as células estão justapostas, formando favos compactos. Nestes as paredes de uma célula fazem parte também das paredes das células vizinhas.
Os favos compactos podem ter a forma de discos horizontais; outras vezes são helicoidais. Existem tipos de
transição entre os favos compactos e os cachos de células. Nos meliponídeos, ao contrário das Apis, as células de cria, e portanto os favos também, nunca são permanentes. Depois que os adultos emergem, as células são demolidas.
Pouco tempo depois, novas células são construídas para ocupar o lugar vago. Normalmente os favos, ou cachos, vão sendo construídos de baixo para cima, até reiniciar-se novamente o ciclo.
Em muitas espécies, em torno dos favos de cria existem invólucros de cerume, compostos de uma ou várias membranas irregulares, que servem para conservar o calor.
As abelhas sem ferrão guardam seus alimentos, mel e pólen, em potes de cerume ovóides, redondos ou cilíndricos.
Às vezes estes potes são bem grandes se comparados ao tamanho das abelhas. Não há um local específico para estes potes de alimento. Comumente são construídos ao redor dos favos de cria, mas sua disposição dependerá muito do aproveitamento do espaço disponível.
A estrutura hierárquica dos meliponídeos é basicamente a mesma das Apis. As maiores diferenças correm por conta de "sua majestade".
As rainhas nascem de células iguais às das operárias na tribo Meliponini, e de células maiores, as realeiras -
geralmente construídas nas periferias dos favos - nas tribos Trigonini e Lestrimellitini. Aqui temos a maior diferença entre melíponas e trigonas. Nas melíponas a diferenciação das três castas presentes tem bases genéticas, ou seja, rainha, operária e zangão são geneticamente diferentes. Nas trigonas a diferenciação se dá como nas Apis. A rainha recém eclodida das melíponas é do mesmo tamanho que as operárias, mas as proporções corporais e os desenhos do corpo são diferentes. Quando são fecundadas, o abdômen cresce muito, e a rainha torna-se fisogástrica e não consegue mais voar.
As rainhas das trigonas que eclodem das células reais são bem maiores que as operárias. Quando fecundadas seguem o mesmo caminho de suas primas melíponas, ficando fisogástricas.
A interação entre rainhas, operárias e princesas entre os meliponídeos é mais fluida do que nas Apis. Dentre as melíponas as princesas (sempre as há) andam livremente pela colméia até completarem sua maturação fisiológica.
Neste ponto, se não houver necessidade de substituir a atual rainha ou se não se estiver preparando um enxame, estas princesas são mortas. Pode acontecer de alguma sair para o vôo nupcial, retornar fecundada para a casa e aí permanecer por alguns dias, só então sendo eliminada. Há ainda espécies que aceitam mais de uma rainha, como a guaraipo.
Nas trigonas acontece um processo interessante. Quando uma ou mais princesas nascem, podem apresentar uma atratividade especial e logo formam uma corte ao redor. Então a princesa e sua corte constroem uma espécie de "prisão" de cerume ao seu redor, onde a princesa completará sua maturação acompanhada de algumas operárias.
Num certo momento a nova rainha virgem abandona o seu refúgio e começa a andar livremente pelos favos de cria, território da rainha-mãe. A partir daí a seqüência do processo dá-se mais ou menos como acima descrito.
Esta maneira de agir, tendo quase sempre rainhas virgens maduras disponíveis, permite às colônias de meliponídeos uma longevidade ímpar no mundo dos insetos sociais, só perdendo para certas espécies de formigas.
Sabe-se de ninhos de jataís com mais de 30 anos de existência contínua. Para se ter uma idéia, na natureza uma colônia de Apis localizada por mais de 5 anos em um mesmo local pode ser considerada uma "colônia vovó".
O trabalho de postura das rainhas nos meliponídeos é semelhante ao da Apis. A maior diferença é que nas Apis as larvas recebem uma alimentação progressiva e suas células são fechadas quando chega a hora da metamorfose em pupa, enquanto que nos meliponídeos primeiro a célula é abastecida de alimento, então a rainha deposita seu ovo sobre este alimento e a célula é fechada.
O processo de enxameação também é um pouco diferente. As etapas que levam à divisão da colônia são basicamente as mesmas entre todas as abelhas. Porém nos meliponídeos a enxameação é progressiva, ou seja, a colméia-filha mantém um intercâmbio de material de construção e alimento com a colméia-mãe, até que tenha condições de seguir independente.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Reino Monera

Funções: - Têm a mesma estrutura das bactérias.
- Possuem pigmentos fotossintetizantes: clorofila a, carotenóide e ficobilinas.
- Não possuem cílios ou flagelos. Espécies filamentosas movem-se por deslizamento.
- Geralmente são os primeiros seres a colonizar locais onde ainda não há vida. Comunidade pioneira.
- Algumas realizam simbiose com fungos, formando os liquens.
- Nas unicelulares a reprodução é por cissiparidade.
- Nas filamentosas (coloniais) reprodução por fragmentação ou hormogonia. O filamento quebra-se e cada fragmento (hormogônio) origina uma nova colônia.
- Cada hormogônio em ambiente desfavorável transforma-se num esporo envolvido por uma carapaça de quitina, como é imóvel chama-se acineto.
- Seu heterocisto têm capacidade de fixar o N2 molecular do ar.
- São autótrofas: realizam fotossíntese ou quimiossíntese.
- As quimiossintetizantes fixam o N2 do ar, transformando-o em nitrato (NO -3).

sexta-feira, 13 de março de 2009

Peixes Abissais

No fundo do oceano, a 4000 metros, onde a luz do sol não desce e a temperatura média é de 2 graus, vicejam estranhas espécies de peixes escuros e de aspecto horroroso aos olhos humanos, que fascinam porém os cientistas por sua adaptação a vida sob pressões praticamente insuportáveis, pouco alimento e reprodução difícil.

São os peixes abissais, formas de vida extremamente peculiares. Alguns tem boca e estômago capazes de engolir e digerir presas com o dobro do seu tamanho. Nas condições do que seja talvez o mais inóspito dos ambientes, por sinal o maior hábitat do mundo, muitos desses peixes desenvolveram sistemas orgânicos destinados a iluminar as trevas e atrair as presas: possuem luzes no próprio corpo, que acendem e apagam como lanternas quando necessário.
Para pescarem usam freqüentemente as suas hastes luminosas. Estes órgãos produtores de luz são na verdade uma espécie de lâmpada: uma glândula de pele que compreende uma lente, um refletor e duas substâncias químicas, a luciferina (o combustível) e a luciferase (o catalisador), que aí são lançadas, provocando uma combustão e a libertação de uma viva luz fria. É a emissão de luz sem produção de calor. Algumas estranhas explosões submarinas têm sido ouvidas.

Hoje se sabe que essa classe de vertebrados, a mais antiga que existe, vive em qualquer lugar onde haja água - dos tenebrosos abismos oceânicos até a superfície do mar aberto. Não existe limite de profundidade para a vida. Há peixes que nadam a 300 ou 400 metros, mas também mergulham em profundidades de 4000 metros ou mais ainda. Há cerca de vinte anos, os cientistas que estudavam um habitat submarino nas ilhas Virgens, no Caribe, ficaram surpresos ao ver, numa noite escura, o que parecia um grupo de peixes piscando sem parar no meio de um recife de corais. Descobriu-se que eles pertenciam à família dos ceratióides, chamados pelos americanos lanterneye fishes (peixes-de-olho-de-lanterna) porque possuem embaixo do olho uma cavidade que abriga bactérias fosforescentes. Durante o dia, esses peixes mergulham a grandes profundidades.

A noite, ausente a luz solar, sobem à superfície para se alimentar de plâncton, microorganismos que vivem em suspensão na água. Os cientistas observaram desde então que tais espécies inventaram sistemas próprios de iluminação absolutamente únicos. O Kryptophanaron, que vive nas águas do Caribe, tem sob os olhos uma cavidade que emite luz e que fica coberta por um tipo de persiana escura quando não deseja ser visto. Outras espécies, Anomalops e Photoblepharo, têm uma forma de haste com um farol na ponta, que projetam para a frente e para trás da cabeça e também escondem embaixo do olho.

O Pachystomias, um peixe predatório chamado peixe-dragão (dragon fish), faz jus ao nome. Não solta fogo, é claro, mas tem uma série de células fosforescentes espalhadas na boca, ao longo do corpo e debaixo do olho. Muitos desses peixes nunca foram encontrados no Oceano Atlântico e não têm nomes vulgares em português. Os peixes abissais não costumam cair nas redes dos pescadores e as missões científicas nacionais trabalham mais nas águas rasas da plataforma continental.

Mesmo assim, existe no Museu de Zoologia da USP um exemplar de peixe-dragão encontrado na costa do Rio Grande do Sul a cerca de 800 metros de profundidade. Possui o que os ictiólogos chamam barbilhão, um fio que sai por baixo da mandíbula do peixe, com um farol na ponta. Outra espécie conhecida, a dos Chauliodus, ou peixes víboras, tem uma haste que é uma extensão dos primeiros raios da nadadeira dorsal e também luzes dentro da boca para atrair a presa direto ao estômago.
Os dragões-pretos têm a peculiaridade de emitir luz vermelha. Como a maioria dos peixes não enxergam essa cor, tais membros da espécie Pachistomias microdon usam as suas lanterninhas vermelhas para se aproximar sem serem percebidos dos animais que lhes servirão de alimento. Outros peixes se distinguem pelos olhos projetados para a frente, o que lhes permite aproveitar toda a pouca luz existente. Estima-se que essas criaturas são capazes de enxergar no lusco-fusco de quinze a vinte vezes melhor do que os humanos. Os olhos tubulares do Asgyropelecas, assim como do Stentoptyx, do Gigantura e ainda do Stylephora, sempre voltados para cima, enxergam contra a luz que vem da superfície a silhueta de seus inimigos e da refeição em potencial. O Asgyropelecus paciftecus emite luz verde e azul na mesma intensidade da iluminação procedente da superfície; portanto tornam-se invisíveis.

O hábitat desempenha um papel importante na cor dos peixes. Os que vivem mais perto da superfície apresentam um tom azulado ou esverdeado. Os que vivem no fundo são em geral escuros no dorso e nos lados. Os camarões das profundezas e os peixes da família dos Rondeletiidae são vermelhos porque essa cor não aparece nas águas abissais. Mas, além da cor, também a forma e a estrutura desses peixes são influenciadas pelo meio e pelo tipo de alimento. Muitos se dirigem à noite à superfície para apanhar plânctons, filtrando grandes quantidades de água através da boca e das brânquias, os órgãos da respiração. Outros, carnívoros, desenvolveram dentes avantajados, boca articulada e enorme estômago para o seu pequeno tamanho, finos e compridos, não crescem mais de 30 centímetros. Os peixes da espécie Saccopharynx, parecidos com serpentes, têm a cabeça grande e uma boca que abre e fecha como uma tampa de lixo para engolir a presa. Há pequenos tubarões com grandes dentes embaixo da boca e pequenos em cima.

No mundo aquático, a reprodução costuma ser simples: quando chega o momento, basta que o macho e a fêmea soltem esperma e ovos na água para que, da combinação desses elementos, resulte a fecundação. Mas os peixes-pescadores de profundidade são relativamente raros e muito distribuídos por todos os oceanos. Estima-se que, para cada fêmea sexualmente amadurecida existam de quinze a vinte machos. Portanto, não é de estranhar que vivam menos e tenham praticamente uma única função em toda a sua existência: encontrar uma fêmea e fertilizá-la. Estes solteirões afoitos têm olhos especiais para captar a luz das companheiras a distância. Supõe-se também que, dotados de grandes órgãos olfativos, sejam capazes de seguí-las pelo feromônio, o cheiro que elas emitem nas correntes marítimas.

Ao encontrar uma fêmea, o macho da espécie Linophryne inica, vinte vezes menor, a ela se liga pela boca. Seus corpos se fundem, a circulação torna-se comum aos dois e o macho fica reduzido à condição de escravo sexual vivendo exclusivamente para produzir e armazenar esperma a serviço da companheira.

Essa incrível simbiose atrai o interesse dos pesquisadores não apenas por tratar-se de uma exótica técnica de reprodução, mas porque talvez venha a ter grande utilidade nos negócios humanos no tratamento da rejeição em transplantes. O sexo no fundo do mar não cessa de surpreender, em certos casos, a masculinidade ou a feminilidade é apenas uma questão de idade. Entre os Gonostoma gracile, o indivíduo amadurece sexualmente como macho com 1 ano. Mas em dado momento do segundo ano de vida transforma-se em fêmea. Na família dos Paralepidídeos, os indivíduos são hermafroditas, com ovários e testículos ao mesmo tempo. Quando não encontram um parceiro, fecundam-se a si mesmos.

Os peixes abissais podem parecer grotescos, bizarros. Alguns são imbatíveis em matéria de feiúra. Finos, pequenos, gelatinosos, não têm nenhuma armadura de proteção, como escamas, e freqüentemente se desfazem quando estudados. Comendo pouco, gastam também pouca energia e nadam apenas ao sabor das correntes.

Tudo indica que seriam seres primitivos, que não evoluíram durante milhares de anos. A estrutura óssea desses peixes estão no auge da evolução. Como outras espécies, que passaram a viver em praias rasas, ou em baías lamacentas, rios caudalosos ou lagoas, estas mudaram-se da superfície dos mares, seu hábitat original, por motivos desconhecidos. Nos abismos profundos onde foram parar, desenvolveram as estranhas características que os transformaram em senhores das trevas.

Sabemos que existem padrões distintos de bioluminescência que permitem o reconhecimento da espécie e do sexo. No caso dos peixes ceratióides (Melanocetus johnstonii), apenas as fêmeas apresentam a isca bioluminescente, que parece ser usada também para atrair machos da mesma espécie durante o período reprodutivo. Como na região batipelágica a luz é praticamente ausente, esta estrutura se torna de grande importância nessas ocasiões.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Amigos

Caros amigos,estou precisando de algumas praticas de laboratorio para ensino medio por favor caso você tenha e poder mandar para mim ficarei muito grato (qualquer pratica)
vandikk@hotmail.com

Microbiologia de Alimentos Desidratados

1.1 Microbiologia após o processo de secagem: Em condições adequadas de armazenagem não há crescimento microbiano.Ocorre lenta diminuição do número de microrganismos, porém microrganismos resistentes sobreviverão aumentando sua porcentagem com o tempo.Os mais resistentes são esporos de bactérias e bolores, micrococos e microbactérias.Deve-se tomar cuidado durante o manuseio e embalagem após a secagem para não aumentar a contaminação.Ao se reidratar esses alimentos utilizar água quente para reduzir o número de organismos. O Staphilococcus aureus sobrevive à liofilização e reidratação a 60 C, portanto, recomenda-se reidratação com água a 100 C.· Frutas secas podem conter: esporos de bactérias e bolores.· Vegetais desidratados podem conter: Escherichia, Enterobacter, Bacillus, Clostridium, Micrococcus, Pseudomonas, Streptococcus, Lactobacillus e Leuconostoc.· Ovos desidratados:micrococos, estreptococos e formadores de esporos e bolores.· Leite em pó: estreptococos termodúricos , micrococos e formadores de esporos. topo
2.Microbiologia de Alimentos Refrigerados e CongeladosO congelamento pode matar algumas células mas não é um processo de esterilização, pois existem microrganismos insensíveis e moderadamente resistentes que sobrevivem à temperatura de congelamento.Com congelamento ocorre diminuição do crescimento de microrganismos, mas não significa morte celular.Algumas células podem sofrer danos e não conseguir se desenvolver, mas se dermos tempo e nutrientes elas podem ser recuperadas . Estas são chamadas células injuriadas.a) Suscetíveis - células vegetativas de leveduras e bolores, muitas bactérias Gram - negativas.b) Moderadamente resistentes - Organismos Gram - positivos, incluindo estafilococos e enterococos.c) Insensíveis - formadores de esporos (bacilos e clostrídios)topo
3.Meios de Cultura3.1) Características de alguns ingredientes compexos:a) Extrato de carneCaracterísticas: Extrato aquoso de tecido muscular, concentrado sob a forma de pasta ou pó.Valor nutritivo: Contém substâncias solúveis dos tecidos animais,incluindo carboidratos, compostos orgânicos de nitrogênio, vitaminas hidrossolúveis e sais.b) PeptonaCaracterísticas: Produto que resulta da digestão de materiais protéicos como carne, caseína e gelatina; a digestão protéica é feita por meio de ácidos ou enzimas.Valor nutritivo: Principal fonte de nitrogênio orgânico; pode conter vitaminas e, às vezes carboidratos.c) ÁgarCaracterísticas: Carboidrato complexo, obtido de certas algas marinhas e tratado para a remoção de substâncias estranhas. Usado como agente solidificante dos meios, ele gelifica quando a temperatura é reduzida a menos de 45C.Valor nutritivo: Não é fonte nutritivad) Extrato de levedurasCaracterísticas: Extrato aquoso de leveduras.Valor nutritivo: Rico em vitamina B.e) Extrato de malteCaracterísticas: Extrato aquoso de cevada malteada.Valor nutritivo: Rica em carboidratos, contém material nitrogenado, vitaminas e sais minerais.
3.Meios de Cultura3.1) Características de alguns ingredientes compexos:a) Extrato de carneCaracterísticas: Extrato aquoso de tecido muscular, concentrado sob a forma de pasta ou pó.Valor nutritivo: Contém substâncias solúveis dos tecidos animais,incluindo carboidratos, compostos orgânicos de nitrogênio, vitaminas hidrossolúveis e sais.b) PeptonaCaracterísticas: Produto que resulta da digestão de materiais protéicos como carne, caseína e gelatina; a digestão protéica é feita por meio de ácidos ou enzimas.Valor nutritivo: Principal fonte de nitrogênio orgânico; pode conter vitaminas e, às vezes carboidratos.c) ÁgarCaracterísticas: Carboidrato complexo, obtido de certas algas marinhas e tratado para a remoção de substâncias estranhas. Usado como agente solidificante dos meios, ele gelifica quando a temperatura é reduzida a menos de 45C.Valor nutritivo: Não é fonte nutritivad) Extrato de levedurasCaracterísticas: Extrato aquoso de leveduras.Valor nutritivo: Rico em vitamina B.e) Extrato de malteCaracterísticas: Extrato aquoso de cevada malteada.Valor nutritivo: Rica em carboidratos, contém material nitrogenado, vitaminas e sais minerais. 3.2) Fórmulas de alguns meiosa) Ágar adrão para contagem (PCA = Plate Count Agar)Triptona : 5gExtrato de leveduras: 2,5gGlicose:1,0 gÁgar: 15,0 gÁgua destilada: 1,0 LSuspender os componentes na água destilada. Ferver até a dissolução do material. Ajustar o pH em 7,0. Distribuir em frascos apropriados e autoclavar por 15 min a 121C.b) Caldo simples ou caldo nutrienteExtrato de carne: 3,0 gPeptona: 5,0gÁgua desilada: 1,0 LSuspender os componentes na água destilada. Ferver até a dissolução do material. Ajustar o pH em 6,7. Distribuir em frascos apropriados e autoclavar por 15 min a 121C.c) Ágar simples ou ágar nutrienteExtrato de carne: 3,0 gPeptona: 5,0gÁgar: 15,0 gÁgua desilada: 1,0 LSuspender os componentes na água destilada. Ferver até a dissolução do material. Ajustar o pH em 7,3. Distribuir em frascos apropriados e autoclavar por 15 min a 121C.d) Caldo Sabouraud (para bolores e leveduras)Glicose: 40,0 gPeptona: 10,0gÁgua desilada: 1,0 LSuspender os componentes na água destilada. Ferver até a dissolução do material. . Distribuir em frascos apropriados e autoclavar por 15 min a 121C. O pH final deve ser 5,8e) Ágar Sbouraud (para bolores e leveduras)Glicose:40,0 gPeptona: 10,0gÁgar: 15,0 gÁgua desilada: 1,0 LSuspender os componentes na água destilada. Ferver até a dissolução do material. Distribuir em frascos apropriados e autoclavar por 15 min a 121C. O pH final deve ser 5,6.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Vermes e Bactérias


Vermes

Nome popular dos seres vivos pluricelulares pertencentes aos filos platelmintos e nematelmintos do reino Metazoa. Apresentam corpos tubulares alongados, que podem ser achatados (platelmintos) ou cilíndricos (nematelmintos). Alguns têm vida livre e vivem no mar, rios ou ambientes terrestres, e outros são parasitas, ou seja, vivem às custas dos animais hospedeiros. Os parasitas causam doenças infecciosas e parasitárias como ascaridíase, amarelão, cisticercose, esquistossomose e teníase ou solitária.

Platelmintos – Dividem-se em três classes – tuberlários, trematódeos e cestódeos – de acordo com o modo de vida (livre ou parasitária). Os tuberlários, como a planária (Dugesia tigrina), são seres de vida livre. Os trematódeos podem ser ectoparasitas (vivem externamente ao hospedeiro), como o Gyrodactylus, que habita as brânquias de certos peixes, ou endoparasitas (vivem e reproduzem-se no interior do hospedeiro). Exemplos de endoparasitas são a Fasciola hepatica, que habita o fígado do carneiro, e o Schistosoma mansoni, que causa a esquistossomose. No ciclo de vida de um trematódeo, os vermes adultos produzem ovos que são eliminados do hospedeiro definitivo (homem) e originam vários estágios larvais relacionados ao hospedeiro intermediário (molusco aquático). Os cestódeos são todos endoparasitas, como as tênias. As formas adultas da tênia produzem a teníase no hospedeiro definitivo (o homem) e as formas larvais são responsáveis pela cisticercose, na qual o homem serve como hospedeiro intermediário.

Nematelmintos – Os nematelmintos podem ter vida livre ou ser parasitas de plantas e animais. Neste caso, os vermes adultos habitam a cavidade intestinal do hospedeiro e produzem ovos, que eliminados pelas fezes contaminam a água e os alimentos. Em seu ciclo de vida não há hospedeiro intermediário. O nematelminto parasita mais conhecido é o Ascaris lumbricoides, a lombriga, que provoca a ascaridíase. Outros exemplos de nematelmintos são o Necator americanus e o Ancylostoma duodenale, que habitam o intestino humano e provocam a doença conhecida como amarelão.


Doenças infecciosas

Processos infecciosos causados por diferentes microrganismos – bactérias , fungos, protozoários , vermes e vírus – que penetram, se desenvolvem e se multiplicam no organismo humano. Quando o agente causador é um protozoário ou um verme, a doença infecciosa é chamada de parasitária.

Segundo seu aparecimento e evolução, as doenças infecciosas podem ser epidêmicas, endêmicas e pandêmicas. As doenças epidêmicas são aquelas com ocorrência de muitos casos num dado período e com tendência a desaparecer, como o dengue e a cólera. As endêmicas apresentam quantidade significativa de casos em certas regiões, como a malária na Amazônia. E as pandêmicas são as que têm muitos casos espalhados pelo planeta ou continente, como a Aids .

Uma parte das doenças infecciosas pode ser evitada com vacinas específicas e medidas de educação sanitária, como beber água fervida ou clorada e só comer verduras e legumes crus bem lavados.

Segundo o Ministério da Saúde, as doenças infecciosas e parasitárias foram responsáveis por 39.548 óbitos no país em 1995, o correspondente a 5,3% do total de mortes no ano.

Formas de contágio – As doenças infecciosas podem ser transmitidas por contato direto, indireto, por uma fonte comum contaminada ou por vetores (agentes que transmitem os microrganismos). Formas de contato direto são, por exemplo, muco ou gotículas de saliva expelidas ao tossir, espirrar ou falar. O contato indireto dá-se por vias como o uso compartilhado de determinados objetos. Fontes comuns contaminadas podem ser sangue (no caso de uma transfusão sanguínea), água e alimentos. Exemplos de vetores são mosquitos e caramujos. Várias doenças infecciosas têm mais de uma forma de contágio.

Parasitismo – Relação temporária entre seres de espécies diferentes, na qual um deles, o parasita, vive às custas do outro, o hospedeiro. Nessa associação, o parasita obtém alimento através do hospedeiro, que é prejudicado de alguma forma. Os parasitas mais comuns são os protozoários e os vermes. O parasitismo pode ser externo (ectoparasitismo), como piolhos, pulgas e carrapatos, ou interno (endoparasitismo), como protozoários e vermes.


Bactéria

Ser vivo unicelular e microscópico, pertencente ao Reino Monera. Assim como todos os seres deste grupo, é formada por uma célula procarionte (desprovida de membrana nuclear). Por não apresentar o envoltório protetor do núcleo, o material genético (cromatina), constituído por uma única molécula de DNA (ácido desoxirribonucléico), encontra-se disperso no citoplasma. Apresenta membrana plasmática recoberta e protegida pela parede celular, de consistência gelatinosa. As bactérias causam várias doenças infecciosas . A transmissão pode ser feita pelo ar ou por contato direto (gotículas de saliva ou muco) ou indireto.

As bactérias podem ser classificadas segundo a forma. As esféricas são chamadas cocos; as alongadas em forma de bastão são os bacilos; as espiriladas, espirilos; e as em formato de meia-espiral denominam-se vibriões. Algumas espécies, para melhor desenvolverem as funções de nutrição e proteção, podem apresentar-se em agrupamentos celulares (colônias). Os agrupamentos podem ser aos pares (diplococos), em forma de colar (estreptococos) ou de cacho de uva (estafilococos). Muito resistentes a variações de temperatura e também a agentes químicos, algumas bactérias apresentam filamentos móveis chamados flagelos, para a locomoção. A maioria das doenças causadas por bactérias é tratada com antibióticos, substância produzida por microrganismos (os mais comuns são os fungos) ou sintetizada em laboratório, capazes de impedir o crescimento ou mesmo destruir as bactérias. Porém, o tratamento nem sempre é eficaz, pois elas desenvolvem resistência contra determinados medicamentos, que perdem seu efeito.

Algumas espécies de bactérias podem provocar doenças fatais. É o caso da Staphylococcus aureus (causa infecções de pele) e da Streptococcus beta hemolíticos (causadora da escarlatina), que estimulam a superativação dos linfócitos , os glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo. Ao produzirem grande quantidade de citosinas e óxido nítrico, causam um grave desequilíbrio na composição e circulação sanguínea , que pode resultar na morte do paciente. Este quadro clínico é conhecido como Síndrome da Reação Inflamatória Sistêmica (SIRS). Outros tipos, como a Escherichia coli (causadora de diarréia) e a Salmonella typhi (causadora da febre tifóide), que se alojam na região intestinal, podem atingir a circulação sanguínea e provocar uma infecção generalizada, que também pode levar à morte. Mas a maior parte das espécies de bactéria é benéfica ao homem. Elas são responsáveis, por exemplo, pela fixação do nitrogênio da atmosfera no solo, fundamental para o desenvolvimento das plantas. Também realizam a fermentação necessária para a fabricação de produtos como vinagres e queijos.


Vírus

Ser vivo microscópico e acelular (não é composto por células) formado por uma molécula de ácido nucléico (DNA ou RNA), envolta por uma cápsula protéica. Apresenta-se sob diferentes formas: oval, esférica, cilíndrica, poliédrica ou de bastonete. Por ser incapaz de realizar todas as funções vitais, é sempre um parasita celular, ou seja, necessita de um animal, planta ou bactéria para multiplicar-se e desenvolver-se. Ao se reproduzir dentro de uma célula, acaba por lesá-la. Na reprodução, qualquer modificação no DNA provoca uma mutação, gerando novos tipos de vírus.

Grande parte das doenças infecciosas e parasitárias é causada por vírus, como a Aids , a catapora, a dengue, a rubéola e o sarampo. A transmissão pode ser feita pelo ar, por contato direto (gotículas de saliva ou muco) e indireto (utensílios, água e alimentos contaminados ou picada de animais). O tratamento de uma infecção viral geralmente é restrito apenas ao alívio dos sintomas, com o uso de analgésicos e antitérmicos para diminuir a dor de cabeça e reduzir a febre. Há poucas drogas que podem ser usadas no combate de uma infecção viral, pois ao destruírem o vírus acabam por destruir também a célula. Quase todas as doenças causadas por vírus podem ser prevenidas com vacinas.

A febre é um sintoma comum a todas as infecções virais. Outros sinais característicos presentes na maioria das infecções são dor de garganta, fadiga, calafrio, dor de cabeça e perda de apetite. Mas grande parte das doenças apresenta uma sintomatologia própria. Por exemplo, a manifestação de pequenas elevações eruptivas avermelhadas na pele caracteriza a rubéola e a catapora ou varicela. No sarampo, são comuns erupções na mucosa bucal e o surgimento de manchas avermelhadas na pele. A inflamação e o inchaço das glândulas salivares são sintomas específicos da caxumba. Na poliomielite ocorre rigidez da nuca e perturbações físicas que podem causar paralisia e atrofia de certas partes do corpo. Na febre amarela e na hepatite infecciosa viral há náuseas e vômitos.

Por Vandik da S. Candido