Sistema imunológico, também chamado de sistema imune, é o sistema corporal cuja função primordial consiste em destruir os agentes patogênicos que encontrar. Qualquer agente considerado estranho por um sistema imunológico denomina-se antígeno.
Componentes
Consiste de seis componentes principais, dos quais três são diferentes tipos de células, e os outros proteínas solúveis. As três categorias de células imunológicas são: granulócitos, monócitos/macrófagos e linfócitos. Os granulócitos fagocitam os antígenos que penetram no corpo. Os monócitos recebem o nome de macrófagos quando se encontram localizados nos tecidos, fora da circulação sanguínea. Além de também ingerir substâncias estranhas, alteram os antígenos, tornando mais fácil e eficaz a resposta imune dos linfócitos. Há dois tipos principais de linfócitos: os linfócitos B são os responsáveis pela produção dos componentes do soro do sangue chamados imunoglobulinas (imunidade humoral). Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade celular; isto é, atacam e destroem diretamente os antígenos. Os três tipos de proteínas que formam parte do sistema imunológico são as imunoglobulinas, as citocinas e as proteínas do complemento. As imunoglobulinas ou anticorpos combinam-se de forma precisa com um tipo específico de antígeno e contribuem para sua eliminação. Algumas citocinas amplificam uma resposta imunológica que está em curso e outras podem suprimir uma resposta imunológica em funcionamento. As proteínas do complemento podem unir-se ao complexo formado pelo anticorpo e antígeno, facilitando a fagocitose pelas células imunológicas.
A resposta imunológica
Quando um antígeno, por exemplo uma bactéria, consegue superar a primeira linha de defesa do corpo, por exemplo a pele, encontra-se em primeiro lugar com os granulócitos e os monócitos, sendo neutralizado em parte por anticorpos preexistentes e pelas proteínas do complemento. Em seguida, os linfócitos e os macrófagos interagem no lugar onde a bactéria penetrou, amplificando a resposta imunológica; são sintetizados anticorpos mais específicos e eficazes. Se tudo funcionar, o sistema imunológico supera a bactéria, de modo que a doença fique sob controle. Neste momento, entram em ação mecanismos auto-reguladores supressores que detêm a resposta imunológica; as citocinas têm grande importância neste processo.
Doenças imunológicas e imunodeficiências
Certas doenças de importância clínica estão relacionadas a deficiências do sistema imunológico e outras estão relacionadas a um funcionamento anormal deste sistema. Nos últimos anos, a imunodeficiência que atraiu maior atenção do público foi a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
Anticorpo
Qualquer das cerca de um milhão de moléculas protéicas que eliminam as substâncias estranhas. Os anticorpos, que são um componente importante do sistema imunológico, estão em todos os vertebrados na fração do sangue chamada gamaglobulina. A síntese dos anticorpos começa quando uma substância estranha, chamada antígeno, penetra no organismo. Os antígenos habituais são os componentes protéicos de bactérias, vírus e outros microorganismos. Os anticorpos se unem à superfície de bactérias, vírus ou toxinas, eliminando-os de três formas: por inativação direta, permitindo que outras células sanguíneas os englobem e destruam (Ver Fagocitose) e/ou tornando-os vulneráveis à destruição por outras proteínas sanguíneas (grupo denominado complemento). As cinco classes conhecidas de anticorpos distingüem-se pelas letras M, G, E, A e D, todas precedidas pela abreviatura Ig de imunoglobulina, outro nome dado aos anticorpos. Ver Imunização.
Doenças relacionadas so sitema imunológico
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids)
Estado final da infecção crônica provocada pelo retrovírus HIV (vírus da imunodeficiência humana). É uma doença que anula a capacidade do sistema imunológico de defender o organismo de múltiplos microorganismos, causando, entre outros problemas, infecções graves. Caracteriza-se por astenia e perda de peso acentuadas, bem como por uma incidência elevada de certos cânceres, especialmente o sarcoma de Kaposi e o linfoma de célula B. Transmite-se pelo sangue, por contato homossexual ou heterossexual e, através da placenta, da mãe infectada ao feto. As transfusões sangüíneas foram uma via importante de transmissão, antes do desenvolvimento de um teste confiável para a detecção do vírus no sangue. Um dos mecanismos principais de transmissão e difusão da doença é o uso compartilhado, pelos viciados em drogas, de agulhas contaminadas com sangue infectado. Nos países ocidentais, o maior número de casos ocorreu por transmissão sexual. O vírus HIV permanece inativo por um tempo variável, no interior das células T infectadas, e pode demorar até 10 anos para desencadear a moléstia.
HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana)
Membro da família de vírus conhecida como Retroviridae (retrovírus), classificado na subfamília dos Lentiviridae (lentivírus). Estes vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. A infecção humana pelo vírus HIV provoca uma moléstia complexa denominada síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
Alergia
Doença caracterizada por uma hipersensibilidade a determinadas substâncias inócuas para a maioria dos indivíduos, provocada por um erro no sistema imunológico. Os alérgicos não são capazes de diferenciar as substâncias nocivas das inócuas e geram anticorpos contra uma ou várias substâncias inofensivas, desencadeando uma reação alérgica. Esta pode consistir em espirros e secreção aqüosa nasal, ataques de asma, ou ardência e urticária na pele. O alérgeno (antígeno da reação alérgica) pode ser inalado, como a poeira ou o pólen; ingerido, como as proteínas da clara de ovo ou o marisco; injetado, como a penicilina, ou atuar por mero contato, como a lã.
Alergia e intolerância alimentar, condições que provocam reações adversas em certas pessoas com a ingestão de determinados alimentos.
Alergia aguda alimentar As reações agudas aos alimentos são freqüentemente as mais visíveis e perigosas de todas as alergias. Alguém que seja alérgico a frutas secas, por exemplo, pode apresentar uma inflamação grave na língua e no rosto e severos ataques de asma e, até mesmo, morrer. Essas alergias a alimentos podem afetar quase todas as regiões do corpo, dando lugar a alterações como eczema, asma e urticária.
Intolerância a alimentos
Significa qualquer reação adversa a um alimento em que, diferentemente do que ocorre nas reações alérgicas, o sistema imunológico não é envolvido. Por exemplo, no caso de certas pessoas que não possuem uma substância química (uma enzima) nas paredes do intestino responsável pela separação dos açúcares. A carência dessa enzima específica (lactase) gera uma intolerância à lactose.
O Sistema Linfático Compõem-se De:
Capilares linfáticos; Sistema de vasos linfáticos; Linfonodos ou gânglios linfáticos;
O fluído (linfa) dos tecido que não volta aos vasos sanguíneos é drenado para os capilares linfáticos existentes entre as células. Estes se ligam para formar vasos maiores, que desembocam em veias que chegam ao coração.
Capilares Linfáticos
Eles coletam a linfa (um líquido transparente, levemente amarelado ou incolor - 99% dos glóbulos brancos presentes na linfa são linfócitos) nos vários órgãos e tecidos. Existem em maior quantidade na derme da pele.
Vasos Linfáticos
Esses vasos conduzem a linfa dos capilares linfáticos para a corrente sanguínea. Há vasos linfáticos superficiais e vasos linfáticos profundos. Os superficiais estão colocados imediatamente sob a pele e acompanham as veias superficiais. Os profundos, em menor número, porém maiores que os superficiais, acompanham os vasos sanguíneos profundos.
Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Gânglios Linfáticos Em diversos pontos da rede linfática existem gânglios (ou nodos) linfáticos (pequenos órgãos perfurados por canais). A linfa, em seu caminho para o coração, circula pelo interior desses gânglios, onde é filtrada. Partículas como vírus, bactérias e resíduos celulares são fagocitadas pelos linfócitos existentes nos gânglios linfáticos.
O gânglios linfáticos são órgãos de defesa do organismo humano, e produzem anti-corpos. Quando este é invadido por microorganismos, por exemplo, glóbulos brancos dos gânglios linfáticos próximo ao local da invasão, começam a se multiplicar ativamente, para dar combate aos invasores. Com isso, os gânglios incham, formando as ínguas. É possível, muitas vezes, detectar um processo infeccioso pela existência de gânglios linfáticos inchados.
Baço
O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, entre o fundo do estômago e o músculo diafragma. É mole e esponjoso, fragmenta-se facilmente, e sua cor é vermelho-violácea escura. No adulto, mede cerca de 13 cm de comprimento e 8 a 10 cm de largura. É reconhecido como órgão linfático porque contém nódulos linfáticos repletos de linfócitos.
O sistema imunológico tem como função reconhecer agentes agressores e defender o organismo da sua acção, sendo constituído por órgãos, células e moléculas que asseguram essa protecção.
Entre as células do sistema imunológico, encontramos os glóbulos brancos, ou leucócitos. Existem vários tipos de glóbulos brancos, com funções imunológicas específicas e diferenciadas, nomeadamente: os linfócitos, os neutrófilos polimorfonucleares, os eosinófilos, os basófilos e os monócitos.
Por sua vez, os linfócitos podem ser de dois tipos: linfócitos T e linfócitos B.
Os linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, em resposta a elementos estranhos (os antigénios) e estes sintetizam anticorpos para combater os elementos invasores. Este tipo de resposta imunológica designa-se por Imunidade Humoral.
Os linfócitos T são responsáveis pela resposta imunológica designada como Imunidade Celular. Podem ser linfócitos T4 (também conhecidos como células CD4) ou auxiliadores e são o elemento vigilante que alerta o sistema imunológico para a necessidade de lutar contra o visitante indesejado através da síntese de substâncias químicas (as citocinas); e linfócitos T8 (também conhecidos como células CD8) ou citotóxicos que são aqueles que destroem as células que estiverem infectadas.
O sistema imunológico conta ainda com os macrófagos, que resultam da diferenciação dos monócitos. Os macrófagos digerem as células mortas e os elementos invasores, agindo sobretudo nos órgãos afectados.
Os glóbulos brancos são produzidos na medula óssea, um dos órgãos primários do sistema imunológico, juntamente com o timo. Os órgãos secundários são o baço, as amígdalas e os adenóides e o sistema linfático, que inclui ou gânglios linfáticos.
A entrada do VIH no corpo e a sua multiplicação acelerada provocam uma diminuição dos linfócitos T auxiliadores (as células CD4), que são, precisamente, aqueles que dão ordens aos outros «soldados» para actuar contra os inimigos. Com o sistema imunológico enfraquecido, o seropositivo fica mais vulnerável aos microorganismos causadores de certas doenças, as chamadas doenças oportunistas, que, regra geral, não atormentam as pessoas com um sistema de defesa forte.
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